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Há um tempo atrás, prometi a mim mesma que iria dar um jeito de encontrar os poemas que escrevia quando era (mais) jovem. E que os traria pra cá. Pois bem, achei alguns na mudança de casa e hoje trago o primeiro. É uma louca viagem para mim, nem todos são datados, de alguns não me lembro da inspiração. E nada tem título...
A poesia amadurece
seus momentos
nas páginas novas
dessa vida-canção.
Longamente adormecida
no medo,
noites de frio - dias de pesar,
rompe a fronteira
do prazer
de novamente se delinear,
mansa cadência
de requebros
no aconchego
de um papel vagabundo,
como o são as manhãs
de abril.
(11/04/1988, não imagino onde, folha de uma agenda velha de 1987)
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